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Pesquisa interativa: O que fica quando tudo se transforma?

By 13/11/2019 março 3rd, 2020 No Comments
instituto sucessor

Na quinta-feira, dia 7 de novembro, convidados, consultores, palestrantes e famílias empresárias acompanhadas pelo Instituto Sucessor se reuniram para buscar uma resposta para a pergunta chave de 2019. Em nosso site há uma cobertura do encontro com os destaques das palestras realizadas.

Durante o evento, os participantes foram convidados a opinar e a participar, por meio de uma votação eletrônica, sobre temas tratados nas falas dos palestrantes.

O Instituto Sucessor compartilha, hoje, uma análise feita a partir dos resultados dessa pesquisa interativa, bem como, conclusões que podem nos indicar como as mudanças têm impactado o modo de agir e pensar das famílias empresárias, de seus negócios e de nossa sociedade.

A pesquisa interativa realizada durante o 11º Painel de Famílias Empresárias mostrou que a maioria dos respondentes se sente impactado pelas transformações, tanto na família quanto no negócio. Entretanto, essa percepção é observada com maior força nas empresas.

As respostas também indicaram que as gerações mais jovens – que estão na gestão das empresas ou se preparando para tal –, são mais provocativas com relação ao novo. Somente uma pequena parte dos respondentes sinalizou que em suas famílias, as gerações mais velhas é que estão mais abertas à inovação. Sendo assim, podemos pensar que os mais jovens, por desejarem deixar suas marcas na história da família e da empresa e por correrem menores riscos, acabam por se abrir mais às novidades e a ser early adopters de tecnologias e processos.

Majoritariamente, os órgãos de governança foram definidos como os ambientes mais propícios para as conversas sobre transformações. Boa parte dos respondentes sinalizou que os encontros informais da família também são locais comuns de discussões sobre inovações e mudanças.

A frase que mais gerou identificação foi “Os analfabetos do Século XXI são aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender”, de Alvin Toffler, revelando que os respondentes compreendem a importância do desapego e da adaptabilidade, tão faladas pelos palestrantes. Entretanto, a sentença “Analiso as novidades caso a caso para com calma tomar uma decisão” teve uma forte votação, reforçando que os participantes do Painel julgam uma avaliação cautelosa algo necessário para a adesão e interpretação dessa mudança.

Para os presentes, o espaço para que a geração sucessora possa definir quais características continuam fazendo sentido é fundamental para apoiar a manutenção de características críticas de sucesso na família. Eles também consideraram que uma governança familiar robusta, que se propõe a incluir diferentes gerações, e, a capacidade de diferenciar o que é mutável do que é perene, são vistas como fortes apoiadoras para esse processo.

Em suma, a sociedade, as empresas e as famílias empresárias são, de algum modo e, em maior ou menor escala, impactadas pelas transformações que ocorrem no mundo, sejam elas tecnológicas, comportamentais ou de pensamento. E é fundamental que as gerações mais jovens sejam chamadas para essa conversa, a fim de colaborar com suas perspectivas e percepções.

A cautela segue sendo importante desde que ela não barre as transformações e, sim, seja uma ferramenta de avaliação. E, para seguir neste mundo de mudanças velozes e constantes é necessário humildade para aprender, desaprender e reaprender todos os dias.

Confira os resultados:

Você está se sentido impactado pelas transformações do mundo contemporâneo?

4% – Sim, nas relações familiares temos sentido mudanças de comportamento;

21% – Sim, na empresa temos sentido necessidade de mudar alguns funcionamentos, de olhar para o novo;

73% – Sim, sentimos mudanças na família e no funcionamento do negócio;

3% – Não sinto esse impacto no meu dia a dia.

Na sua família, qual geração você vê mais provocativa em relação às mudanças ou mais aberta a aderir transformações nos negócios e/ou investimentos?

8% – Nas gerações mais antigas (fundadora ou geração mais velha na gestão);

47% – Nas gerações mais novas que já assumiram gestão dos negócios e investimentos;

45% – Nas gerações mais novas que ainda irão suceder no futuro.

Existe um ambiente aberto/fértil para se falar do novo no contexto da sua família?

39% – Sim, nos encontros informais de família informais;

45% – Sim, nos órgãos de governança que temos implantados;

10% – Não existe abertura, apesar de termos fóruns de governança estruturados para isso;

7% – Não, não temos esse espaço e não conseguimos falar sobre o novo.

Com qual frase você se identifica mais?

4% – Quando aparece uma “necessidade urgente de mudança” vejo com ceticismo. Dar continuidade no nosso caminho é mais importante.

34% – Analiso as novidades caso a caso para amadurecer com calma antes de tomar uma decisão;

44% – “Os analfabetos do século XXI (…) são aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender” (Alvin Toffler);

18% – Se não estivermos preparados para mudar com rapidez, nosso negócio ruirá.

Com uma visão de passado, presente e futuro: o que você considera mais forte para apoiar na manutenção de características críticas de sucesso na sua família?

6% – Geração antecessora disseminando de maneira veemente para os sucessores;

33% – Uma governança familiar robusta que inclua as diferentes gerações;

41% – Espaço para geração sucessora também definir quais características são essas que continuam fazendo sentido;

20% – Capacidade de diferenciar o que é mutável do que fica;